sábado, 20 de setembro de 2008

Prisão


Meus olhos perseguem o invisível

Estou tão cansada de estar aqui

Desejo dormir em qualquer lugar

Sem me importar com quem espera por mim



Ando para frente e para trás

Nunca paro de me movimentar

Será que algum dia irei parar?

Aqui não quero mais ficar



Nesta terra que nada me vale

A luz da lua tenta me guiar

Mas se for para voltar a algum lar

Nesse inferno prefiro estar



Agora não é a hora

Agora não é o lugar

Deus! Para estar aqui nunca precisei sonhar



Vocês são tão fáceis de ler

Como um cartão de visitas

Que se pega e joga fora

Vocês eu nunca quis ter



A indiferença me toma

Ofereça um brinde ao desapego

Pois ele é minha única companhia

Porque pelo que sofri

Aos ceifadores nunca darei minha anistia



Muito obrigado cara platéia

Gráças a vocês sempra ganhava meu dia

Vendo os episódios da agonia

Para cada tragédia de suas vidas



Mas percebo que gritos e choros começa a criar uma melodia

Aponto de me fazer dançar como uma bailarina

Que perdida no embalo de sua coreografia

Se apaixona pelo fantasma completamente enlouquecida



A cada hora de um rio que passa

Vejo minha alma fugir pela estrada

A auto-estrada que me guia para o infinito

Onde meu corpo será dizimado pelo assassino

Que chorava por um amor que o havia esquecido

Com a minha vida ele terminou entristecido



Mas percebo que estive sonhando

E que para essa triste realidade acabei voltando

Sempre terei gritos e choros que me criará uma melodia

Me fazendo querer morrer a cada hora do meu dia

Mas quantos anos terei quando acabar esse tormento?

Espero que seja antes do meu silencioso envelhcimento



Sei que nada mudará tão cedo

E que demorará para eu me apaixonar por um belo cavaleiro

Minh´alma negra como a noite clama pelo fim dessa vida sofrida

Assim como eu clamo pelo fim dessa poesia.



Por: Medye Platinun

2 comentários:

Unknown disse...

Minha poetera preferida :D

Adriano Siqueira disse...

Olá Platinun

gostei muito desta primeira poesia que li neste teu blog.
digo que chega a ser teatral um texto muito bem elaborado que aprecio muito nas letras que faz.

vou colocar na proxima atualização do meu blog um link para conhecerem mais os seus textos que aprecio muito

Me sinto sempre honrado em ter a sua amizade.

abraços mortais
adriano siqueira